Olho d’Água das Cunhãs, interior do Maranhão. Final da década de 1990. Entre o burburinho sobre os possíveis efeitos do “bug do milênio” e o resultado do interclasses do Colégio Estadual Marcos Maciel, conversávamos sobre o futuro, o ensino médio que estava por vir e a graduação logo mais. Deve ter sido a primeira vez que expus a intenção de cursar Medicina. “É muito difícil”... “Vai ter que estudar muito”... A admiração pela profissão foi o principal motivador, mas devo confessar que aquela sensação de ser desafiado foi um baita incentivo.

Não foi fácil, nem rápido. Ao concluir o ensino médio, bati na trave no primeiro vestibular. Não tínhamos grana pra cursinho. Mais algumas tentativas mal sucedidas e decidi trabalhar. Fui aprovado no concurso do Banco do Nordeste em 2004. Havia completado dezoito anos fazia dois dias e assumia o primeiro emprego. Experiência fantástica, que guardo com muito carinho. Enquanto lidava com as responsabilidades inerentes ao trabalho e à vivência de sair da casa dos pais e morar sozinho, permanecia estudando. O foco foi premiado cerca de ano e meio depois. A aprovação no vestibular da Universidade Federal do Acre foi muito celebrada.

Mudei para Rio Branco e no início foi difícil readaptar à sala de aula. Ter ficado um bom período estudando sozinho deixou algumas manias. O apreço pela objetividade e resolutividade conduziu quase que naturalmente ao encantamento pela cirurgia. A Medicina - toda ela - é belíssima, mas desde logo só tive olhos para a clínica… cirúrgica!

O fim da graduação em 2011 e a aprovação na residência médica de Cirurgia Geral no Hospital Universitário Presidente Dutra me trouxeram de volta ao Maranhão, desta vez à São Luís.

A Ilha do Amor me proporcionou a tão almejada especialização em Cirurgia e muito mais. Aqui despertei o interesse pelo cuidado com a saúde colorretal. Fui aprovado na residência de Coloproctologia, também no Dutra. Nesse meio tempo, cultivei os primeiros contatos profissionais, trabalhei em vários serviços públicos e privados, frequentei congressos, fui professor, fiz cursos de aprimoramento, montei e coordenei equipes, tive o prazer de cuidar de várias pessoas e de embarcar na aventura de administrar uma clínica.

Esse é o conjunto de experiências e saberes que coloco à sua disposição.

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Prazer. Bruno Pereira, seu coloproctologista.